Tubarão
Foto:
Gruber e Sparks / Divulgação
No escuro do fundo do mar, brilham luzes coloridas. São animais
marinhos com diferentes formas, emitindo cores distintas. Acostumado a
ver a maioria dessas espécies à luz da terra firme, quando um cação ou
uma arraia fisga o anzol, o homem não imaginava que, embaixo d'água,
tantas delas fossem biofluorescentes sob a luminosidade azul do oceano.
– O mundo dos recifes de corais é muito mais biofluorescente do que
imaginávamos – explica o biólogo David Gruber, do Baruch College e do
Museu Americano de História Natural (AMNH).
Barbeiro ou peixe-cirurgião (Foto: NAMH)
Gruber e seu colega no AMNH John Sparks publicaram na última
quarta-feira, no periódico científico PLOS One, o artigo em que
descrevem 180 espécies marinhas biofluorescentes. A descoberta foi feita
por acaso, quando os pesquisadores registravam imagens de corais
bioluminiscentes nas Ilhas Cayman. De repente, uma enguia passou em
frente à câmera revelando sua luminosidade verde.
Cavalos-marinhos (Foto: NAMH)
Para descobrir que cavalos marinhos brilhavam em neon laranja, que
bagres eram verdes fluorescentes e que os peixes-escorpião coloriam-se
de vermelho, os cientistas partiram para novas expedições munidos de
câmeras subaquáticas EPIC 5K com filtro amarelo, que bloqueia a luz azul
e revela a fluorescência dos bichanos.
Peixe-escorpião (Foto: NAMH)
– Existem muitos peixes marinhos que possuem filtros semelhantes nos
olhos. Nossa hipótese é que a biofluorescência desempenha um importante
papel nos ecossistemas oceânicos. Poderia servir para atrair parceiros
ou como uma camuflagem para defesa – exemplifica Gruber,
Assista ao vídeo sobre o estudo:
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Fonte: Zero Hora
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