Apenas duas
regiões do Brasil possuem a espécie da arraia ornamental, o Pará e o Rio Xingu,
no Mato Grosso. As arraias vieram do Pará, seguiam para Bogotá de onde seriam
enviadas para os Estados Unidos. Cada arraia está avaliada em 10 mil dólares, a
quantidade apreendida seria vendida no mercado ilegal por mais de R$ 1 milhão.
O Delegado de
Polícia Civil de São Paulo de Olivença, José Afonso Barradas, explica que,
desde agosto de 2013, a polícia vinha investigando a quadrilha que usava a
cidade como rota de tráfico internacional de animais. O peixe vinha sendo
transportado por via aérea em sacolas plásticas com água. O pouso foi feito
clandestinamente próximo ao aeroporto municipal de São Paulo de Olivença para
trocar a água das sacolas onde estavam os animais. Atualmente, o aeroporto está
funcionando apenas para voos dos Correios. Não existe rota de voos de empresas
comerciais aéreas para a cidade. Três pessoas foram presas em flagrante.
Entre eles, um policial militar que auxiliava a quadrilha guardando os animais
durante o transporte, em São Paulo de Olivença, um homem adulto e jovem
menor de idade. Uma pessoa por nome Raimundo Arévalo, vulgo “mundeco”, está
foragido. O policial preso foi transferido hoje para o 8º Batalhão de Polícia
Militar, em Tabatinga.
Os peixes ornamentais foram
entregues ao Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável
do Amazonas, IDAM, que está em comunicação com o IBAMA, que deve fazer a
logística para transportar os animais para sua região de origem. De acordo com
o delegado Barradas, os animais não podem ser largados no Rio Solimões porque
causaria um desequilíbrio ambiental e os animais não sobreviveriam.
O delegado culpa
os governos Federal e Estadual pelo pequeno efetivo de órgãos que devem
fiscalizar em regiões como a do Alto Solimões, considerada rota de tráfico.
O Repórter
Solimões vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 18h45 (horário de
Tabatinga), na Rádio Nacional do Alto Solimões, uma emissora
da Empresa Brasil de Comunicação(EBC).
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Fonte: EBC Rádios
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