quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Cientistas alertam que a libertação no meio natural de um único peixe ornamental pode originar uma grande população




Naturlink - Uma equipa de biólogos das universidades de St Andrews e de West Indies descobriu que as maiores populações destes peixes ornamentais descobertos no meio selvagem foram introduzidos deliberadamente para controlar as larvas de mosquitos que propagam a malária.
 Por exemplo, no sul da Índia os Poecilia reticulata são frequentemente libertados em calhas de água, poços e pequenas lagoas para controlo destes insetos.
O peixe guppy (Poecilia reticulata) foi descoberto pela primeira vez em Trinidad e atualmente é um dos mais populares peixes nos aquários de água doce em todo o mundo. Inicialmente os Poecilia reticulata estão confinados a estes meios aquáticos mas as fortes chuvas acabam por transportá-los para os rios onde entram em contacto com os peixes nativos. A líder do estudo, Amy Deacon, refere que normalmente são libertados poucos peixes, “Sabemos que a maioria das espécies introduzidas num novo habitat desta forma é incapaz de sobreviver, muito menos de estabelecer uma população.”Para descobrirem como esta espécie em particular consegue originar populações inteiras, os investigadores conduziram uma experiência onde foram colocadas fêmeas em tanques separados. Após dois anos descobriram que a maioria dos tanques continha populações dePoecilia reticulata cada uma originada a partir de uma única fêmea.“As fêmeas de Poecilia reticulata armazenam o esperma no seu aparelho reprodutor durante vários meses após o acasalamento e isto permite que um único peixe crie uma população inteira mesmo quando não estão machos presentes”, refere a líder do estudo.“O nosso estudo mostra porque devemos ter cuidado quando libertamos espécies exóticas. Atividades aparentemente inofensivas como uma criança libertar peixes de estimação ou a utilização dos peixes guppy para controlo de mosquitos pode contribuir para a redução da biodiversidade nos habitats de água doce do mundo.”


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