Jornal Correio de Notícias - Milhares de peixes foram removidos neste sábado(10) do Rio dos Sinos. O Consórcio Público de Saneamento Básico da Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos (Pró-Sinos) fez a retirada do trecho mais poluído, entre a foz dos arroios Portão e João Corrêa, em São Leopoldo, e vai devolvê-los ao manancial na Prainha, em Sapiranga, onde a qualidade da água é melhor.
Os peixes foram capturados com uma rede especial e transportados em um caminhão com 5 mil litros de água. A primeira carga deixou São Leopoldo e foi escoltada pela Brigada Militar e pela Polícia Rodoviária Federal.
Os peixes foram capturados com uma rede especial e transportados em um caminhão com 5 mil litros de água. A primeira carga deixou São Leopoldo e foi escoltada pela Brigada Militar e pela Polícia Rodoviária Federal.
No trecho leopoldense, ontem, o nível do rio chegou a 20 centímetros em alguns pontos. O oxigênio dissolvido estava em 0,5 miligrama por litro, sendo que o mínimo para garantir a vida no manancial é de 2 mg/l, a condutividade era 140 microsiemens por centímetro (µS/cm), quando o máximo aceitável é 80 µS/cm, e a temperatura atingiu 28 graus - o ideal é não passar de 20 graus. "Os peixes estão morrendo lentamente, mas em grande quantidade. Não acumula porque as garças os comem", alerta o diretor-executivo do Pró-Sinos, reforçando que os índices medidos lembram um arroio poluído.
Em Sapiranga, os números são melhores: o oxigênio está em 3 mg/l, a condutividade entre 70 e 80 µS/cm e a temperatura atinge 22 graus. A região da Prainha tem mais banhados e áreas de preservação, diz Julio Dorneles. A escassez de chuva que atinge o Vale do Sinos agrava os problemas causados pela poluição, já que, com a baixa vazão da água, a ação de efluentes químicos e domésticos é potencializada.
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