Da Agência Brasil
Brasília - O Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) firmou, no dia 03 deste mês, uma parceria com a Secretaria de Estado de Administração
Penitenciária do Rio do Janeiro (Seap-RJ) e a Universidade Estadual do
Norte Fluminense Darcy Ribeiro (Uenf) para treinar e capacitar detentos.
Eles trabalharão com o cultivo de peixes e o objetivo, segundo o
ministro Marcelo Crivella, é criar uma alternativa de emprego, renda e
reinclusão social dos presidiários.
O projeto pioneiro de piscicultura em unidades prisionais foi
implantado há dois anos, na Penitenciária Antônio Dutra Ladeira, em
Ribeirão das Neves (MG). Toda produção é destinada às entidades
beneficentes, não governamentais (ONGs), além de escolas, creches e
asilos.
Crivella
disse que, no Rio de Janeiro, além de estar preparado para exerce uma
atividade econômicamente autossustentável e deixar o sistema prisional, o
presidiário terá redução de um dia no cumprimento da pena para cada
três dias trabalhados.
O subsecretário da Seap, Antônio Camilo Branco, disse que a
iniciativa contribuirá com a ressocialização do detento. As
penitenciárias do Rio de Janeiro têm 33,5 mil presos, segundo ele. O
cultivo de peixes ornamentais será a principal atividade dos
presidiários, pela facilidade de manutenção em cativeiro, acrescentou o
subsecretário.
O coordenador e professor da Uenf, Manoel Vidal, trabalha há 35 anos
com peixes ornamentais. Para ele, a parceria vai além de capacitação
técnica. “A gente vai resgatar um pouco da capacidade, da auto-estima
dessas pessoas, para que elas possam buscar informações e voltar a
estudar”, explicou Vidal. O professor destacou que o projeto
proporcionará ao presidiário a oportunidade de mostrar que ele tem capacidade de produzir mesmo em um presídio.
Edição: Marcos Chagas
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Fonte: Agência Brasil
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